Ano: 1977 Direção: Nobuhiko Ôbayashi Elenco: Kimiko Ikegami, Miki Jinbo, Miki Jinbo, Eriko Tanaka
House é um dos filmes mais estranhos que já vi, portanto, é uma tarefa complicada enquadrar Hausu em algum gênero. Ele conta uma história de terror, mas com mortes tão exageradas e assumidamente cômicas, que fica difícil defini-lo.
Basicamente, 7 garotas vão passar as férias na casa da tia de uma delas. Chegando lá, a tia se revela bastante estranha e a casa ainda mais. Aos poucos, uma a uma das garotas vai desaparecendo.
O filme tende ao surrealismo, com cenas memoráveis como uma cabeça decapitada que sai voando até morder a bunda de uma das garotas, uma jovem que é atacada por colchões (!!!) e até mesmo um piano que decepa dedos e engole pessoas. Tem ainda alguma nudez gratuita e um tom típico de humor japonês. Todos os personagens secundários são bizarros, alguns mesmo bem caricatos, que dão um tom menos sério ao filme.
O que torna House único é a sua narrativa. O diretor abusa dos artifícios de linguagem cinematográfica disponíveis para contar a história: stopmotion, imagem sobreposta, trucagem de câmera, fade, câmeras lentas, flashback, preto e branco, etc.
Muitas vezes, o filme tem uma linguagem de história em quadrinhos, a ponto da tela focar em algum objeto/personagem escurecendo todo o resto, indicando para o espectador que é ali que ele deve prestar atenção. O uso de cores e som também são primorosos.
Gosto muito do final do filme, que nos faz pensar sobre tudo o que aconteceu. Confesso que não esperava este convite a reflexão na sequência de encerramento deste filme tão estranho. House é uma viagem lisérgica cinematográfica, com maluquices e um grau de imprevisibilidade intenso, o que faz deste filme uma pérola do cinema alternativo. Obrigatório e inesquecível.
NOTA DO EDITOR: 8,5
CENAS MEMORÁVEIS: ( Pode conter spoiler )
- Os dedos decepados tocando piano
- Os bizarros momentos da tia cuspindo olho, comendo uma mão e derretendo na frente do espelho
- A sequência final com um mar de sangue dentro da casa
- O filme todo, resumindo!
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2 Comments
Nossa… muito louco, essa pegada surrealista com um estilo japonês… esses frames me instigaram muito vou assistir, imagino que a direção de arte deve ser animal!!!! boa dica!!!!
O filme parece ser tão surrealista e bizarro, que acredito que até eu conseguirei assistir sem ficar com muito medo….será? De qualquer forma, a resenha/critica e as fotos me deixaram bem a fim de conferir essa “viagem lisérgica cinematográfica”!