Ano: 1958
Direção: Nobuo Nakagawa
Elenco: Toshio Hosokawa, Yuriko Ejima, Takashi Wada
Explorando a já conhecida mística relação que os orientais tem com os gatos, A Mansão do Gato Preto ( em tradução livre ) é um excelente filme japonês cercado de lendas e figuras características do país.
Com uma cinematografia madura, acompanhamos a história de Yoriko que, por recomendações médicas para curar a tuberculose, se muda para um local mais afastado e campestre. Ela termina em uma charmosa, mas assustadora, mansão. Após algumas visões e constantes pesadelos, o marido descobre, conversando com um sacerdote local, que a mansão tem um passado de mortes misteriosas.
Neste momento o filme tem um longo flashback para os fatos que criaram as lendas em torno da mansão. Curiosamente, ao contrário da linguagem tradicional cinematográfica, o passado é contado em cores, ao contrário do tempo atual que estava monocromático. Neste bloco do filme, o terror realmente dá as caras na história. A fotografia aproveita de forma inteligente todas as formas e ambientes do Japão para deixar a casa ainda mais misteriosa. Usando recursos mecânicos simples de câmera, mas funcionais, vários efeitos dão um ar sobrenatural a trama.
Apesar do filme ser de 1958, muitos mitos e figuras que alimentam os filmes atuais de horror já são retratados aqui. A figura da japonesa com cabelos longos sobre os olhos que caminha de forma zumbi para atacar as vítimas, estilo O Chamado, está presente. A lenda do espírito preso ao local quando a pessoa morre de forma violenta, estilo O Grito, está presente também. O filme surpreende por ser atual, moderno e com certeza é uma forte influencia para o recente boom que ocorreu de filmes orientais de terror.
O cuidado com cada enquadramento, sempre com uma composição interessante do frame, só enriquece o filme. O uso de sombras e alguns efeitos de luzes também são bem empregados, especialmente para reforçar a loucura de alguns personagens que são perturbados por aparições e alucinações.
O filme é bem curto, com menos de 70 minutos, mas ainda assim pode ser cansativo algumas vezes para quem não está acostumado com a narrativa oriental.
Uma obra peculiar, instigante, charmosa e obrigatória para os fãs do gênero.
NOTA DO EDITOR: 8,0
CENAS MEMORÁVEIS: ( Podem conter spoiler )
- Difícil esquecer aquela senhora terrível bebendo o próprio sangue como se fosse um animal.
TRAILER:
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